terça-feira, 24 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
DIA DA ÁRVORE - 21 DE SETEMBRO
QUER SABER MAIS SOBRE O DIA DA ÁRVORE?
Clique em um ou mais links abaixo:
http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-da-arvore.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_da_%C3%81rvore
http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/21-setembro-dia-da-arvore.html
http://www.cnpm.embrapa.br/campo/arvore.html
http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_da_arvore.htm
https://www.google.com.br/webhp?source=search_app#q=dia+da+%C3%A1rvore&tbm=nws
http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/ciencias-dia-da-arvore.htm
http://www.plantearvore.com.br/pt/noticias/143-o-dia-da-arvore.html
http://www.smartkids.com.br/passatempos/dia-da-arvore.html
http://www.smartkids.com.br/dicas/dicas-dia-da-arvore.html
http://nossaescolafelicianosalescunha.blogspot.com.br/2013/06/projeto-horta-sustentavel-interagindo.html
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
ENTREVISTA COM "KEVIN MORAES GROSSE"
Dando continuidade ao nosso quadro de entrevistas, esta, em especial,
tem algo de diferente. Trata-se de um jovem que é, ao mesmo tempo, artista de
circo e jogador de futebol. E o mais curioso, circo no Brasil e jogador de futebol na Alemanha. É claro que existe uma
explicação lógica para isso, mas é muito interessante e vale a pena ser
acompanhada até a última palavra.
Com certeza muitos alunos irão se identificar com este novo amigo da
Escola Feliciano, principalmente pelo fato de se tratar de um jovem que, como a
grande maioria dos meninos deste país, sonhou um dia em ser jogador de futebol,
foi atrás desse sonho, enfrentou muitos "NÃOS", sofreu com a distância da família, dos amigos, contusões, costumes e culturas diferentes por onde passou e, por mais difícil que possa ter sido, com todos os esforços e sacrifício necessários, não desistiu, insistiu em seu sonho - persevera até hoje - e está conseguindo uma grande oportunidade de ser contratado por uma equipe alemã. Teve muita dificuldade de conciliar a escola com sua necessidade de correr atrás dos objetivos, mas tem consciência da importância disso, está se programando para continuar com os estudos e ainda reconhece que não pode parar nem com um, nem com outro.
Também poderão ler o
quanto ele gostou de Monte Aprazível quando esteve aqui.
E o circo, como faz parte de sua vida?
E os estudos, como ficam nessa história toda?
Só lendo a entrevista para entender melhor. Acompanhem, vale a pena!
Valdinei Fernandes
NOME COMPLETO: KEVIN MORAES GROSSE
NASCIMENTO: 23/07/1995
CIDADE NATAL: SÃO PAULO (bairro Casa Verde)
CIDADE RESIDÊNCIA: Difícil dizer, pois passa por várias no Brasil, acompanhando o circo e
agora está contratado por um time da Alemanha, em Frankfurt. E, apesar de ter
nascido em São Paulo, mudou-se com a família desde pequenino para General
Salgado.
ESCOLARIDADE: Ensino Médio incompleto
ATIVIDADE PROFISSIONAL: Jogador de Futebol
Blog: _Kevin, acredito que a
maioria dos alunos da escola que lerem esta entrevista, serão atraídos pelo
tema “jogador de futebol”. Então a primeira pergunta é esta: Você sempre gostou
de futebol:
Kevin: Sim, desde pequeno já
jogava futebol nas ruas e nos campos em General Salgado. Mas a história se
fortaleceu aos 11 anos, quando um amigo me chamou para treinar na “Escolinha
Nota 10”, em General Salgado mesmo. Comecei a treinar e descobri que era esse
meu sonho.
Blog: _E o circo? Como é isto?
Pode explicar?
Kevin:
Sim. O circo é do meu tio. O “Circo Argentino Teatro Paçoca”, que inclusive
esteve em Monte Aprazível no final de agosto. Acontece que amo o circo, e
sempre que estou em férias acompanho onde estão. Nestes dias que esteve em
Monte, eu estou no Brasil tirando o visto de trabalho para a Alemanha, e só
retornarei lá em fevereiro de 2014. Por isso pude acompanhar.
Blog: _Já que falou
sobre isso, você gostou de Monte Aprazível?
Kevin: Claro, gostei muito dai. As
pessoas me trataram muito bem. Pode ter certeza que onde eu for sempre vou me
lembrar de Monte Aprazível. Foi especial. Agradeço o carinho e pela força.
Blog: _Voltando ao futebol, conte
um pouco sua trajetória até conseguir ir parar na Alemanha:
Kevin: Com 14 anos comecei a
participar de várias peneiras na região, mas nunca dava certo. Cheguei até a
desanimar, mas nunca tive coragem de parar, pois era meu sonho ser um jogador
profissional.
Com 15 anos fui pro Paraná mais por pouco tempo. Era muito estranho pra mim ficar longe da família e amigos. Voltava e continuava treinando na “Escolinha Nota 10”.
Aos 16 anos, um ex-jogador de futebol de General Salgado, que é ídolo do América de Rio Preto, conhecido por “Negão”, me convidou pra ir pro América. Gostei da ideia e fiquei jogando por um bom tempo lá, onde aprendi muita coisa.
Em 2012 fui para o Santos, mas sofri uma lesão lombar muito forte e isso me abalou muito.
Com 15 anos fui pro Paraná mais por pouco tempo. Era muito estranho pra mim ficar longe da família e amigos. Voltava e continuava treinando na “Escolinha Nota 10”.
Aos 16 anos, um ex-jogador de futebol de General Salgado, que é ídolo do América de Rio Preto, conhecido por “Negão”, me convidou pra ir pro América. Gostei da ideia e fiquei jogando por um bom tempo lá, onde aprendi muita coisa.
Em 2012 fui para o Santos, mas sofri uma lesão lombar muito forte e isso me abalou muito.
Aí
fui para Monte Alegre do Sul onde fiquei um tempo treinando no Monte Alegrense
para voltar aos gramados e quando me recuperei 100% fui para São José dos
Campos, num time de empresários, onde tive a oportunidade de jogar a Copa
Bandeirante. Foi uma boa campanha e conquistamos o terceiro lugar, mas saí de
lá pois os empresários só queriam me segurar lá, e eu sabia que merecia coisa
melhor.
Finalmente,
este ano, meu agente havia mandado para a Alemanha um vídeo meu com minhas
atuações em diversos jogos, e tive a grata surpresa de ser convidado para ir lá
fazer um teste. Meus pais me apoiaram muito e, Graças a Deus, fui para a cidade
de Frankfurt am Main, onde fui bem recebido. Fiquei treinando na equipe
do VfR Bockenheim até me acostumar com o fuso horário e com o clima
frio. Depois fui treinar no Eintracht Frankfurt, da primeira divisão. Gostaram
de mim e já acertei minha volta lá para fevereiro de 2014, após o período aqui
no Brasil para acertar toda documentação necessária. Lá na Alemanha não tive
problemas com alimentação e me acostumei rápido, mesmo sendo bem diferente do
Brasil. Acho que é isso.
Blog: _Pelo que pude perceber,
foi bem sacrificante, e não é tão fácil como muitos meninos que gostam de
futebol imaginam que possa ser. Mas a sua persistência valeu a pena. Porém,
fica uma pergunta séria: e os estudos, como ficam nessa situação toda?
Kevin: Com certeza atrapalhou,
porque sempre que eu mudava de time era outra escola. Confesso que nunca gostei
muito de estudar e me dediquei mais ao futebol, mas sei que é importante, pois o
futebol tem seu tempo, sou novo ainda e vou precisar muito de informações e formação e os estudos devem continuar. Parei no 1º ano do Ensino
Médio, e pretendo continuar no supletivo. Também vou estudar alemão e quando
estiver lá verei as oportunidades que terei.
Blog: _O que você tem feito para
treinar nestes dias que está no Brasil?
Kevin: O próprio trabalho no
circo é uma boa atividade física, mas treino sempre que posso e vou disputar a
Taça São Paulo em janeiro pelo Araçatuba. Espero que todos acompanhem e possam torcer por mim.
Blog: _Tem alguma pergunta que
não fiz que gostaria de comentar?
Kevin: Sim. Algo que tenho
orgulho de contar e que me deixou muito feliz foi ter a oportunidade de
assistir ao vivo um jogo do Bayern de Munique, o melhor time do mundo (RSS),
jogando lá em Frankfurt.
Blog: _Deixe uma mensagem para
os amigos leitores deste blog, especialmente aos alunos da Escola Feliciano.
Kevin: A mensagem é simples, mas
verdadeira: “nunca desistam de seus sonhos e acreditem porque um dia chegarão lá. Será preciso muito esforço, como puderam
ver em minha história, mas chegarão lá. Não desistam, mas não pensem que vai
ser fácil. Por isso, estudem, leiam, pesquisem e insistam. Levantem cada vez
que cair, e vencerão".
Blog: _Faltou uma pergunta: em que posição você atua no futebol?
Kevin: Aqui no Brasil sempre atuei como zagueiro, mas na Alemanha fui escalado mais para atuar como volante. Em ambas obtive bons desempenhos.
Blog: _Obrigado, Kevin. Agradeço em meu nome e de todos os amigos e amigas deste blog, e principalmente dos alunos da Escola que estão acompanhando esta entrevista. Desejamos a você muito sucesso nessa sua realização desse sonho e quando passar aqui por Monte Aprazível, venha fazer uma visita à escola.
obs.: CLIQUE SOBRE AS FOTOS PARA VISUALIZÁ-LAS MELHOR:
ALGUNS ERROS COMUNS DE NOSSO IDIOMA!
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_QUE TAL SANAREM ALGUMAS DÚVIDAS AQUI NESTA POSTAGEM? SE TIVEREM OUTRAS DÚVIDAS QUE NÃO ENCONTRARAM AQUI, BASTA POSTAR UM COMENTÁRIO E LHE DAREMOS A RESPOSTA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
2 - "Fazem" cinco anos. Fazer,
quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois
séculos. / Fez 15 dias.
3 - "Houveram" muitos
acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve
muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
4 - "Existe" muitas esperanças. Existir,
bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem
muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram
alguns objetos. / Sobravam idéias.
5 - Para "mim" fazer. Mim
não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu
dizer, para eu trazer.
6 - Entre "eu" e você. Depois
de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
7 - "Há" dez anos
"atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use
apenas há dez anos ou dez anos atrás.
8 - "Entrar dentro". O
certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora,
elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do
falecido.
9 - "Venda à prazo". Não
existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a
palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A
salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
10 - "Porque" você foi? Sempre
que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por
que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por
que razão você se atrasou. Porque é usado nas
respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.
11 - Vai assistir "o" jogo
hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai
assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A
medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram
(desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo.
/ Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
12 - Preferia ir "do que"
ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia
ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É
preferível lutar a morrer sem glória.
13 - O resultado do jogo, não o
abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado.
Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O
prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o
predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.
14 - Não há regra sem
"excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas
e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar"
(paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu"
(chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso"
(vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar),
"frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário),
"advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo),
"ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho"
(empecilho), "envólucro" (invólucro).
15 - Quebrou "o" óculos. Concordância
no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus
parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
16 - Comprei "ele" para você. Eu,
tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o
para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a,
mandou-me.
17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui
a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto
direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o
ama.
18 - "Aluga-se" casas. O
verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos.
/ É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se
empregados.
19 - "Tratam-se" de. O
verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos
melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. /
Conta-se com os amigos.
20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos
de movimento exigem a, e não em: Chegou
a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
21 - Atraso implicará "em"
punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso
implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.
22 - Vive "às custas" do
pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em
via de, e não "em vias de": Espécie em via de
extinção. / Trabalho em via de conclusão.
23 - Todos somos "cidadões". O
plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores,
seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
24 - O ingresso é "gratuíto". A
pronúncia correta é gratúito, assim como circúito,
intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica).
Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.
25 - A última "seção" de
cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale
a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes,
seção de brinquedos; sessão de cinema,
sessão de pancadas, sessão do Congresso.
26 - Vendeu "uma" grama de
ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro,
vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a
agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
27 - "Porisso". Duas
palavras, por isso, como de repente e a
partir de.
28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum,
e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não
viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma
confusão.
29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma
coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.
30 - Soube que os homens
"feriram-se". O que atrai o
pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se
realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções
subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos
presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas
lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
31 - O peixe tem muito
"espinho". Peixe tem espinha. Veja outras
confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa
"germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário"
(cabeçalho).
32 - Não sabiam "aonde" ele
estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se
usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. /
Aonde vamos?
33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda
com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela
atenção. / Muito obrigados por tudo.
34 - O governo "interviu". Intervir
conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio.
Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros
verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse,
predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
35 - Ela era "meia" louca. Meio,
advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
36 - "Fica" você comigo. Fica é
imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique
você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.
37 - A questão não tem nada
"haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada
a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem
tudo a ver com você.
38 - A corrida custa 5 "real". A
moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar
é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou:
Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare
nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.
40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar
é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de
leviano.
41 - Ele foi um dos que
"chegou" antes. Um dos que faz a
concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos
que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com
a vitória.
42 - "Cerca de 18" pessoas o
saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com
números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.
43 - Ministro nega que "é"
negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como
embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou
que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora
tente negar, vai deixar a empresa.
44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego"
não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.
45 - Tons "pastéis" predominam. Nome
de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel,
blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de
adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas
amarelas.
46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio
ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala
direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra,
matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo,
etc.
47 - Queria namorar "com" o
colega. O com não existe: Queria
namorar o colega.
48 - O processo deu entrada "junto ao"
STF. Processo dá entrada no STF.
Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto
ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os(e
não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida
com o (e não "junto ao") banco. / A
reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.
49 - As pessoas "esperavam-o". Quando
o verbo termina em m, ão ou õe,
os pronomes o, a, os e as tomam
a forma no, na, nos e nas: As
pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
50 - Vocês "fariam-lhe" um
favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes)
depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou
particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um
favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se").
/ Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um
presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo
"formado-me").
51 - Chegou "a" duas horas e
partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica
passado e equivale a faz, enquanto a exprime
distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz):Chegou
há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco
minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12
metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
52 - Blusa "em" seda. Usa-se de,
e não em, para definir o material de que alguma coisa é
feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de
madeira.
53 - A artista "deu à luz a"
gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A
artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu
"a luz a" gêmeos.
54 - Estávamos "em" quatro à
mesa. O em não existe: Estávamos
quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
55 - Sentou "na" mesa para
comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se
em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao
piano, à máquina, ao computador.
56 - Ficou contente "por causa
que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe.
Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
57 - O time empatou "em" 2 a
2. A preposição é por: O time empatou por
2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por.
Da mesma forma: empate por.
58 - À medida "em" que a
epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia
se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo
em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas
existem.
59 - Não queria que
"receiassem" a sua companhia. O i não
existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma
forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe iquando
o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem,
passeias, enfeiam).
60 - Eles "tem" razão. No
plural, têm é assim, com acento. Tem é
a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele
tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
61 - A moça estava ali "há"
muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça
estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia
(fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O
havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do
indicativo.)
62 - Não "se o" diz. É
errado juntar o se com os pronomes o, a,
os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os,
não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
63 - Acordos
"políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o
último elemento varia: acordos político-partidários. Outros
exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras,
partidos social-democratas.
64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável
depois de q e g e antes
de e e i exige trema: Tranqüilo,
conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
65 - Andou por "todo"
país. Todo o (ou a) é que significa
inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a
tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o,
todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem)
é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
66 - "Todos" amigos o
elogiavam. No plural, todos exige os: Todos
os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
67 - Favoreceu "ao" time da
casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu
o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
68 - Ela "mesmo" arrumou a
sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela
mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
69 - Chamei-o e "o mesmo" não
atendeu. Não se pode empregar o mesmo no
lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os
funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos
servidores (e não "dos mesmos").
70 - Vou sair "essa" noite. É este que
desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta
semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o
jornal que estou lendo),este século (o século 21).
71 - A temperatura chegou a 0
"graus". Zero indica singular sempre: Zero grau,
zero-quilômetro, zero hora.
72 - A promoção veio "de encontro
aos" seus desejos. Ao encontro de é que
expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus
desejos. De encontro a significa condição
contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi
contra) expectativas da categoria.
73 - Comeu frango "ao invés de"
peixe. Em vez de indica substituição: Comeu
frango em vez de peixe. Ao invés de significa
apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
74 - Se eu "ver" você por
aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma
forma: Se eu vier (de vir), convier; se
eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr),
impuser; se ele fizer (defazer), desfizer; se nós
dissermos (de dizer), predissermos.
75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se
como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a
negociação. Remediar, ansiar e incendiar também
seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
76 - Ninguém se "adequa". Não
existem as formas "adequa", "adeqüe", etc.,
mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram,
adequou, adequasse, etc.
77 - Evite que a bomba
"expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois
do d vêm e e i: Explode,
explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda",
substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também
não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo",
"precavês", "precavém", "precavenho",
"precavenha", "precaveja", etc.
78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo
recupera confiança. Reaver segue haver, mas
apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos,
reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo",
"reavê", etc.
79 - Disse o que "quiz". Não
existe z, mas apenas s, nas pessoas
de querer e pôr: Quis,
quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
80 - O homem "possue" muitos
bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos
em uir só têm a terminação ui: Inclui,
atribui, polui. Verbos em uar é que
admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
81 - A tese "onde"... Onde
só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim
onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A
tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele
canta... / Na entrevista em que...
82 - Já "foi comunicado" da
decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é
comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado,
avisado) da decisão. Outra forma errada: A
diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções
corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão
foi comunicada aos empregados.
83 - Venha "por" a roupa. Pôr,
verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo
ocorre com pôde (passado): Não pôde
vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo,
cabelos), pára(verbo parar), péla (bola ou
verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam
o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
84 - "Inflingiu" o
regulamento. Infringir é que significa
transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e
não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao
réu.
85 - A modelo "pousou" o dia
todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é
ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes
a acontecer) com eminente (ilustre). Nemtráfico (contrabando)
com tráfego (trânsito).
86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem,
com g, é o substantivo: Minha viagem. A
forma verbal é viajem (de viajar): Espero
que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de
cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é
extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).
87 - O pai "sequer" foi
avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem
sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer
nos avisar.
88 - Comprou uma TV "a cores". Veja
o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV
"a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em
cores, desenho em cores.
89 - "Causou-me" estranheza as
palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as
palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o
verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta
noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as
obras).
90 - A realidade das pessoas
"podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao
verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das
pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi
punida (e não "foram punidas").
91 - O fato passou
"desapercebido". Na verdade, o fato passou
despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
92 - "Haja visto" seu
empenho... A expressão é haja vista e não
varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja
vista suas críticas.
93 - A moça "que ele gosta". Como
se gosta de, o certo é: A moça de que ele
gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que
assistiu (e não que assistiu), a prova de que
participou, o amigo a que se referiu, etc.
94 - É hora "dele" chegar. Não
se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos
seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar
de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...
95 - Vou "consigo". Consigo só
tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com
você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto
é para o senhor (e não "para si").
96 - Já "é" 8 horas. Horas
e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já
é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia,
já é meia-noite.
97 - A festa começa às 8
"hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm
plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5
m, 10 kg.
98 - "Dado" os índices das
pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das
pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...
99 - Ficou "sobre" a mira do
assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou
sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale
a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre
a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e
o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma
coisa e alguém vai para trás.
100 - "Ao meu
ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a
seu ver, a nosso ver.
(pesquisa feita em 18/09/2013, às 14:37 h)
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