NOME: ISABEL CRISTINA DE ALMEIDA (BEL DA RÁDIO)
NASCIMENTO: 12/02/1973
CIDADE NATAL: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
CIDADE RESIDÊNCIA: MONTE APRAZÍVEL
ATIVIDADE PROFISSIONAL: LOCUTORA E TÉCNICA DE SOM NA RÁDIO DIFUSORA APARECIDA - DE MONTE APRAZÍVEL - 780 AM
Dando sequencia às entrevistas que enriquecem este blog pedagógico, hoje fomos visitar uma figura querida na comunidade aprazivelense.
Trata-se de Isabel Cristina de Almeida, conhecida locutora das programações semanais da tarde na Rádio Difusora Aparecida de Monte Aprazível (780 Am), onde apresenta o Programa da Tarde, das 13h às 17h, de segunda a sexta feira. Fazemos questão de lembrar que esta entrevista foi sugerida pelos próprios pais de alunos e amigos do blog, quando solicitado sugestões por e-mail, pelo blog ou pessoalmente.
Bel, como é carinhosamente conhecida, alegremente recebeu o professor Valdinei Fernandes nesta quarta feira, enquanto apresentava sua programação e, no intervalo, respondeu a todas as perguntas com muita alegria, convicção e sinceridade.
No final deixou uma importante mensagem a todos, direcionada especialmente a todos os alunos, crianças e adolescentes, sejam da escola Feliciano ou não.
Em sua entrevista, Bel destaca que os sofrimentos da vida nos fazem "chacoalhar" a árvore da amizade, onde caem as folhas secas e restam as vigorosas e vivas, que são as verdadeiras amizades que permanecem. Também ressaltou que o importante da vida é a reunião entre amigos e família e, por que não, sorrir sempre. Segundo ela, sorrir abre as portas para nós. Convidamos todos os amigos leitores do blog para lerem, na íntegra, logo abaixo, a agradável entrevista:
Trata-se de Isabel Cristina de Almeida, conhecida locutora das programações semanais da tarde na Rádio Difusora Aparecida de Monte Aprazível (780 Am), onde apresenta o Programa da Tarde, das 13h às 17h, de segunda a sexta feira. Fazemos questão de lembrar que esta entrevista foi sugerida pelos próprios pais de alunos e amigos do blog, quando solicitado sugestões por e-mail, pelo blog ou pessoalmente.
Bel, como é carinhosamente conhecida, alegremente recebeu o professor Valdinei Fernandes nesta quarta feira, enquanto apresentava sua programação e, no intervalo, respondeu a todas as perguntas com muita alegria, convicção e sinceridade.
No final deixou uma importante mensagem a todos, direcionada especialmente a todos os alunos, crianças e adolescentes, sejam da escola Feliciano ou não.
Em sua entrevista, Bel destaca que os sofrimentos da vida nos fazem "chacoalhar" a árvore da amizade, onde caem as folhas secas e restam as vigorosas e vivas, que são as verdadeiras amizades que permanecem. Também ressaltou que o importante da vida é a reunião entre amigos e família e, por que não, sorrir sempre. Segundo ela, sorrir abre as portas para nós. Convidamos todos os amigos leitores do blog para lerem, na íntegra, logo abaixo, a agradável entrevista:
Blog: _Bel, começamos pelo seu trabalho, que atinge um público
grande. Uma verdadeira responsabilidade. Quando você começou a trabalhar na
rádio, e como isso aconteceu?
BEL: _O padre João Batista, na época em que a Diocese de
Aparecida comprou a rádio do Barca, me convidou para trabalhar com eles, mas
como secretária. Nessa época, acredito que há uns 18 ou 20 anos, comecei a
ajudar a equipe no que era preciso. Na época o Edgard trabalhava conosco, me
lembro que gostava muito de vê-lo, bem como todos que passavam pela rádio e
ficava encantada com aquele “mistério” de falar e ser ouvido distante e por
muitas pessoas. Fui me apaixonando por aquilo, mesmo ainda trabalhando como
secretária. Acho que porque sempre fui muito falante. Na escola era sempre a
escolhida para ler, fazer as apresentações da turma, e aqui na rádio imaginava
o que é falar com tantas pessoas sem saber quem são, e ao mesmo tempo saber que
as pessoas conhecem sua voz e lhe imaginam deste ou daquele jeito, mas o que
fica é sua voz. O senhor Celso Zanoli, que também gerenciava aqui, e tinha um
programa onde era locutor, num
determinado dia apenas chegou, me disse que precisaria sair e me mandou
apresentar o programa. Simplesmente disse: “_o microfone está aí! Apresente!”
Saiu e me largou a bomba. (risos). Ele disse que ia ao médico em Rio Preto. E
eu mesma apresentei o programa, atendi telefone e me apaixonei pela
oportunidade. Numa das ligações, o próprio senhor Celso me ligou e disse que
não foi ao médico. Estava aqui mesmo em Monte com sua esposa Zilda, no fórum,
onde ela trabalhava. Ele falou que estavam todos me ouvindo. E eu amei a
experiência e a oportunidade.
Blog:_Você tem uma grande simpatia do público, pelo que pude
perceber, principalmente porque muitos sugeriram seu nome para ser
entrevistada. Você estudou especificamente para isso ou desenvolveu esse
talento com as oportunidades da vida?
BEL: _Como falei, comecei meio de repente. Então, peguei o que
tinha dentro de mim e fui. Fazer o que ama fica mais fácil, você se empenha e
desenvolve. Eu estudei, fiz o curso regular, fiz curso de contabilidade, fiz
curso técnico de enfermagem, sempre gostei, mas me apaixonei pela rádio, que
surgiu meio como presente na minha vida. Então, o mundo da comunicação, o mundo
da rádio foi crescendo dentro de mim mais na prática do que na teoria. Aí você
se apaixona mesmo e, se apaixonando, vai em busca de capacitação. Sempre fui
muito interessada, aprendi muito com o pessoal da própria rádio, os “meninos”
aqui me ensinaram muito e a pouco tempo fiz um curso no Senac envolvendo o mundo
da comunicação. Mas da parte técnica, minha grande capacitação foi na prática
mesmo. Sei que tem muita coisa ainda a aprender, mas a aprendizagem vem no dia
a dia, na profissão exercida, e nisso sempre me saí bem. Quando a gente está
amando o que faz tudo se torna mais fácil.
Blog: _Você se considera famosa na cidade de Monte aprazível?
BEL: _ (muitos risos) Eu não sei. Não diria famosa. Sei que
muitas pessoas me conhecem, a maioria apenas pela voz, e isso é um mistério. Às
vezes estou no mercado, no comércio, ao conversar alguém me reconhece pela voz
e vem verificar se sou a “Bel da rádio” (risos). Falo com muita gente por telefone, pela
rádio, e quando me conhecem é engraçado, muitos imaginam a gente pela voz, e
quando nos encontram dizem que somos diferente do que imaginamos. Isso é muito
gostoso. É um mistério. (risos). Tanto para quem faz o programa na rádio quanto
para quem ouve o rádio, agora também pela internet, quem ouve no carro, em
casa, no trabalho, onde for. Eu fico imaginando como são nossos ouvintes e
eles, que ainda não me conhecem pessoalmente, imaginando como devo ser. Mas é
legal.
Blog: _Devido à sua popularidade, ou até mesmo por gostar, você já
pensou ou gostaria de participar de política como candidata a algum cargo?
BEL: _Eu pensei sim. Meu marido era apaixonado por política e me
transmitiu isso. Quando ele faleceu, eu disse “-Vou sair por ele!”. Mas a vida
é assim: você escreve por uma linha mas Deus lhe reserva outra. Eu percebi que
não era aquilo que Deus tinha reservado para mim. Na época da candidatura, por
eu estar correndo atrás de financiamento de casa e outros compromissos, jamais
poderia deixar a rádio para me envolver com política, e descartei essa
hipótese. Hoje vejo que foi o melhor que fiz, foi o que Deus reservou para mim.
Blog: _Você gosta de cozinhar? Qual seu prato preferido?
BEL: _Gosto. Gosto muito. Principalmente gosto de inventar. Gosto
de usar temperos naturais, não industrializados. Cheiro verde, ervas. Sempre
gostei e com meu casamento me apaixonei mais ainda, pois meu marido gostava
muito também e nos envolvemos nisso. Unimos o útil ao agradável. Meu prato
preferido é simples: “macarrão”. Mas gosto de tudo. Até de jiló. A única coisa
que peço para você não me convidar para comer em sua casa é a tal de
dobradinha. (risos)
Bel sendo entrevistada pelo professor Valdinei |
Blog: - Já pensou em ter um programa diferente do que você já fez
até hoje, como por exemplo, de culinária?
BEL: _Houve uma época em que havia um programa aqui na rádio,
chamado “A tarde é nossa”. Foi um programa que o próprio Celso me deu de
presente. Eu fazia algo assim. Haviam dicas de saúde e eu passava muitas
receitas. Me lembro que os ouvintes ligavam, gostavam, e falavam que haviam
feito esta ou aquela receita que eu tinha passado. Alguns diziam que ficavam
ansiosos pelo horário das 3 e 15 da tarde, que era o horário que eu passava a
receita. Eles me diziam se tinham acertado ou não, me perguntavam detalhes,
então eu tinha de preparar em casa antes de falar na rádio, e fazia isso.
Blog: _Existe algum
momento marcante em seu trabalho, que você considera o mais importante de todos
até hoje?
BEL: _Sim. O meu retorno. Como muitos sabem, eu fiquei um tempo
afastada devido a um momento muito difícil que passei na minha vida, e quando
retornei, vi que tinha muito carinho, e principalmente de pessoas que eu nunca
imaginava. Não por duvidar de suas intenções, mas por nem ter intimidade com
eles. Isso foi muito bom, pois foi um momento que cresci interiormente. O
trabalho na rádio me proporcionou isso. Pessoas da cidade, de fora dela, o
carinho expressado me marcou muito mesmo. Já havia percebido isso no velório de
meu marido. Pessoas que vinham de longe só para me dar uma palavra de consolo,
um aperto de mão, apenas um olhar, mas que se fizeram presente. Pessoas de
perto que se expressaram muito carinhosamente comigo. Aí, meu retorno me levou
a fazer tudo com muito mais amor ainda. Isso não tem dinheiro no mundo que
pague. Foi um presente de Deus.
Blog: _Além de trabalhar na rádio, o que mais você gosta de fazer,
seja como lazer, em família, realização pessoal ou simplesmente porque gosta?
BEL: _Gosto muito de estar reunida com amigos. Gosto muito de
sorrir, em todos os momentos preciso sorrir. As vezes você acha que seu fardo
está pesado e um sorriso muda isso. Não importa a recepção do outro, sorria
sempre. Acho que herdei isso de meu pai, esse fato de sorrir pra todos, falar
bastante, se reunir em família, entre amigos. Família é muito importante. Sorrir
sempre.
Blog: _Quem te conhece, especialmente aqui em Monte Aprazível,
sabe de momentos muito difíceis que você já passou em sua vida. Você diria que
um grande sofrimento amadurece uma pessoa ou a deixa mais amarga com a vida e
com os outros?
BEL: _Com certeza, amadurece. No começo da situação, você fica
triste, cobra, indaga a Deus, busca entender, mas não para. No meu maior
sofrimento, muitas pessoas me indagavam como Deus podia me permitir sofrer
tanto sendo eu tão religiosa. Até pessoas dentro da igreja me diziam isso. Mas
a resposta é: “E Jesus?” Ele, sendo filho de Deus, sofreu muito mais do que
todos. Então, sofrer amadurece. São nesses momentos que você chacoalha a árvore
da vida para caírem algumas folhas secas e ficam aqueles que realmente são seus
amigos, sua família verdadeira, a verdadeira árvore. Cresci muito. Não só pela
dor em si, mas por tudo o que vem depois. As coisas vão se revelando e me
amadurecem como pessoa e me fazem enxergar muita coisa diferente do que via antes.
Hoje vejo que Deus escreveu tudo certo, mesmo que na hora não entendi. Mesmo
tendo vivido com meu marido apenas 1 ano e 7 meses antes dele falecer, mas esse
tempo Deus me colocou na vida dele para estar com ele em sua dificuldade. E um
ajudou o outro. Sempre que alguém precisar, vou procurar ajudar, pois, se você
ama, você cuida.
Blog: -Existe alguma pergunta que não fiz que gostaria de constar
nesta entrevista?
Estúdio de onde são transmitidas as programações |
Blog: _Deixe uma
mensagem para os amigos deste blog!
BEL: _Minha mensagem quero deixar principalmente para os alunos. Para
os adolescentes e as crianças. “Tenho muita saudade de minha época de escola.
Principalmente o carinho por meus professores. Alguns já faleceram, outros
encontro. O respeito por eles é muito importante. Digo isso aos alunos: nunca
desrespeite um professor. Nunca deixe de usar as palavras mágicas que
aprendemos no dia a dia, como olá, bom dia, como vai, com licença, por favor,
obrigado, senhor, senhora, e muito mais, que o esquecimento delas, hoje, está
tornando o mundo muito pesado. Respeito, principalmente com nossos mestres.
Eles que ensinaram tanto pra nós. E parabéns à Escola Feliciano por esse
maravilhoso trabalho e obrigado pela oportunidade e pelo carinho de todos."
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